Bem ou mal, tudo o que aqui está escrito é da autoria de naomedeemouvidos, salvo citações e/ou transcrições devidamente assinaladas, embora, alguns textos "EntreLetras" se baseiem em lendas ou histórias conhecidas.
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“Les «gilets jaunes»”. Soprado ao ouvido, de mansinho, podia ser o título de um belo conto infantil. Mas, não. O movimento “pacifista” iniciado nas redes sociais transformou, nos últimos dias, a mais bela avenida do mundo num campo de batalha. A cidade da luz rendeu-se às trevas de uma manifestação violenta que já pouco deve ter que ver com o aumento dos combustíveis ou da carga fiscal em geral. A “culpa é de Macron”. Se fosse fácil encontrar culpados, seria, talvez, mais fácil encontrar soluções. Para uma maioria de vontades, pois que nunca conseguiremos atender a todas.
O Conselho Europeu aprovou a saída do Reino Unido da União Europeia. Theresa May terá, agora, a tarefa de defender o “bom acordo” perante o Parlamento britânico. É possível que o texto cumpra com o que os eleitores votaram no referendo que disse “SIM!” ao “Brexit”. Mas, quantos britânicos ainda o subscrevem? O que aconteceu aos protagonistas mais empenhados em promover a retirada? Como vão ser as relações entre o Reino Unido e a União Europeia? O que significa, exactamente, a vitória (pequena?, grande?) de Espanha no que diz respeito à questão de Gibraltar? Afinal, o que foi que os britânicos votaram?
A CMTV deve estar prestes a inaugurar um novo modelo de reality show. Um daqueles em que os inquéritos aos vários arguidos, em inúmeros processos mediáticos, passam a ser transmitidos em directo. Uma espécie de “o juiz decide”, mas sem juiz. Ou melhor, em que o juiz somos nós, sentadinhos no sofá da sala.
Em rodapé, passará a constar os números de telefone em quem votar, consoante a simpatia e/ou o melhor desempenho. Para votar no/a procurador/a ligue o número tal; se prefere o advogado, ligue este número; se o seu favorito é o arguido, ligue aquele. O que a justiça passará a poupar em tempo e em honorários!
Borba continua a chocar-nos. É mais uma desgraça que resulta da incúria que nunca, por cá, tem responsáveis, menos ainda, culpados. Olhamos para as imagens e pensamos como é possível, como foi possível? E há algo de indecoroso na beleza macabra daquela paisagem quando nos alheamos da tragédia, porque ela é nossa, enquanto país, mas, inevitavelmente, não nos fere a todos da mesma maneira.
Não há “evidência de responsabilidades do Estado”, disse António Costa, sobre o absurdo desastre, mais ou menos, anunciado – o que torna tudo mais aviltante. Já não é só optimismo que é irritante, é a audácia. Não sendo tempo de férias, o primeiro-ministro pode fazer como Graça Fonseca e rumar a Guadalajara para não ter que ver jornais portugueses. Quando voltarem, pode ser que o país esteja bem melhor, quem sabe. O hábil monstro da política não sucumbe, nunca, às misérias das pessoas que compõem a imagem do país moderno que António Costa gosta de exibir para (já não só quem é) inglês ver.
O mundo ficou a saber que, nos EUA, mortes por encomenda são aceitáveis, se praticadas por Estados com muitos, muitos dólares para gastar. Às urtigas a diplomacia estrangeira, os serviços secretos, investigações, relatórios e outros levianos entraves ao bom desenvolvimento das nações. Se Donald Trump pudesse “presidenciar” por mais de dois míseros mandatos, talvez chegasse o tempo em que não fosse necessário falsificar vídeos para afastar jornalistas incómodos; ou ficar acordado até altas horas da manhã para mandar uns tuites aos adversários políticos. Mas, ao ritmo a que normalização do absurdo tem evoluído, oito anos são capazes de ser suficientes…
A sonda InSight aterra hoje em Marte, se tudo correr bem. Se houver vida noutros planetas, que seja mais inteligente do que a nossa.
Idade - Tem dias.
Estado Civil - Muito bem casada.
Cor preferida - Cor de burro quando foge.
O meu maior feito - O meu filho.
O que sou - Devo-o aos meus pais, que me ensinaram o que realmente importa.
Irmãos - Uma, que vale por muitas, e um sobrinho lindo.
Importante na vida - Saber vivê-la, junto dos amigos e da família.
Imprescindível na bagagem de férias - Livros.
Saúde - Um bem precioso.
Dinheiro - Para tratar com respeito.
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